Reprodução dos Axolotes

Reproduzindo Axolote

A primeira coisa que devemos observar é a idade para que possam reproduzir. São animais que atingem sua maturidade sexual aos cinco meses de idade, contudo esse período pode variar dependendo da forma como são mantidos, por esse motivo é fundamental que a qualidade de seu sistema tenha maior estabilidade possível.

 

Idealmente devemos escolher casais um pouco mais maduros, uma forma interessante de identificar uma possível matriz é escolher o axolote com pelo menos 20 cm ou 18 meses de idade em média. Esse quesito é muito importante por ser relativamente comum a perda de fêmeas quando muito jovens no momento do acasalamento, sendo crucial escolher o momento certo para manter a integridade da fêmea, machos são relativamente tranquilos em relação ao acasalamento não trazendo problemas mesmo quando o acasalamento for feito com machos mais jovens, contudo, e preferencialmente escolheremos um casal um pouco mais experiente.

Nossos Axolotes podem reproduzir em qualquer período do ano, muitos afirmam que o melhor período seja entre dezembro a junho, contudo devemos entender que nossos animais estão em um ambiente fechado, e por esse motivo a referencia natural é completamente diferente de animais em seu meio de origem.

Devemos estimular nossos Axolotes para que possam reproduzir regularmente. Normalmente as fêmeas estão mais propensas a reprodução, enquanto machos normalmente se mostram um pouco indiferentes. Para que possamos estimular os machos é sempre muito interessante que façamos uma troca parcial de água com uma diferença de cinco graus em relação a temperatura do aquário de reprodução. A troca pode ser em media de trinta por cento, depois da troca poderemos observar uma maior movimentação e interesse do macho.

Caso o casal ainda esteja relutante em reproduzir, podemos usar a técnica de Fotoperiodismo que consiste em diminuir gradativamente durante duas semanas a iluminação natural do sistema que mantem nossos Axolotes utilizando um dimmer, ou sistemas de iluminação com dimmer acoplado. Ao final de duas semanas devemos fazer o efeito contrário aumentando gradativamente a iluminação por cerca de duas semanas.

O aquário de reprodução deve possuir uma quantidade razoável de plantas, podem usadas plantas artificiais ou musgo de java ou similar. As plantas são fundamentais para que a fêmea possa afixar seus ovos. Devemos cobrir o fundo do aquário com placas de pedras planas e ásperas. Uma ótima opção seria a ardósia, sendo fundamental esse detalhe para que o macho possa depositar seus espermatóforos, ou seja, seus “pacotes de esperma”. Se a superfície for muito lisa os espermatóforos não irão aderir levando ao fracasso da desova. É fundamental que o aquário de reprodução esteja em um local tranquilo, sem a passagem de pessoas, preferencialmente um local que somente o aquarista tenha acesso regular. Filtros de espuma são uma escolha perfeita para este aquário de desova.

O macho irá começar a cortejar a fêmea nadando ao redor dela fazendo movimentos repentinos e vigorosos levantando sua calda inclusive. O macho basicamente irá “empurrar” a fêmea em direção aos espermatóforos que estarão aderidos ao fundo do aquário de reprodução. O macho irá depositar em media de cinco a vinte e cinco destes levando a fêmea na direção deles. A fêmea irá posicionar o “pacote de esperma” em sua cloaca, a fertilização ocorre internamente.

Entre um período de algumas horas até dois dias, a fêmea começara a gerar os ovos depositando individualmente os mesmos nas folhas das plantas ou musgo. Contudo poderá depositar seus ovos em qualquer superfície ou objeto disponível caso o aquário não possua plantas. Esse processo poderá gerar algum tipo de stress, por esse motivo idealmente devemos providenciar como já colocado, plantas artificiais ou musgos. Poderá produzir de 50 a 1000 ovos dependendo do tamanho da fêmea. Depois que a fêmea terminar a desova, devemos retirar do aquário de reprodução o casal.

Os ovos devem ser mantidos em agua bem arejada, idealmente utilizaremos compressores de ar para conseguir esse efeito. É fundamental que os ovos estejam em uma água com boas taxas de oxigênio dissolvido, mas evitando fluxo forte. Devemos manter os ovos em temperatura de cerca de 20 C°, a eclosão ocorrerá em aproximadamente 17 dias. As larvas medem em media 13 mm. Na incubação eles ainda irão apresentar a grosso modo uma mancha visível a olho nu (gema de seus ovos) em seus estômagos, até que essa porção do ovo esteja lá as pequenas larvas não precisarão ser alimentadas.

Evolução do Axolote (Ambystoma mexicanum)

Evolução do Axolote (Ambystoma mexicanum)

Depois de 24 a 72 hora (observe a pequena mancha) as larvas irão precisar de alimentos. Devemos alimentar apenas com alimentos vivos de tamanho apropriado. As larvas não aceitarão alimentos mortos até ficarem um pouco maiores. Para larvas recém – incubadas poderemos alimentar com nauplios de artemia. Outros alimentos vivos poderão ser tentados apartir do momento que as larvas desenvolvam suas pernas dianteiras. A chave é variar a alimentação, outras opções interessantes são a daphinia e microvermes.

Podemos manter as larvas juntas quando muito jovens, não havendo risco de canibalismo, contudo, quando as pernas dianteiras estiverem desenvolvidas, devemos observar esse possível comportamento exatamente porque as larvas não crescerão de forma uniforme. A taxa de crescimento é lenta, com uma semana devem ter cerca de 1,5 cm. Trocas parciais semanais são muito importantes para ajudar no desenvolvimento das larvas. Uma dica interessante é tentar manter Daphinias junto com as larvas depois das primeiras duas semanas, desta forma terão pronto alimento em tempo continuo. Com 2 cm de tamanho devemos remanejar as larvas, com esse tamanho é relativamente normal o instinto de canibalismo natural do Axolote.

Normalmente as pernas dianteiras começam a se desenvolver quando as larvas apresentam um tamanho de 20 mm, as pernas traseiras começam a se desenvolver no final da terceira semana aproximadamente, esse período vai depender diretamente da temperatura e alimentação. Os pulmões irão se desenvolver no período próximo ao das pernas traseiras. Devemos tentar manter aproximadamente 15 a 20 larvas por aquário com aproximadamente 50 x 30 x 30. As larvas com 2,5 cm já podem ser encorajadas a comer alimentos mortos congelados.

É fundamental acompanhar o crescimento das larvas e possível remanejamento para aquários maiores a medida que crescem. Com cerca de 4 cm devemos deixar poucas larvas juntas, nesta fase o canibalismo é muito frequente quando mantidas em quantidade maior. Em vez de 15 a 20 larvas devemos deixar cerca de 8 larvas no aquário de 50 x 30 x 30. Estirpes selvagens são muito mais agressivas em comparação a outras variedades. Com cerca de 6 cm são como replicas dos pais, já podem comer facilmente alimentos congelados como blood worm, ou tentado algum tipo de alimento granulado de excelente qualidade. Devemos reduzir a densidade populacional para cerca de 4 exemplares ou menos no aquário de engorda mencionado.

Cuidados

Manter esses anfíbios e algo relativamente fácil, a questão primordial é respeitar suas exigências básicas de manutenção. No caso do Axolote o detalhe pode significar a vida ou a morte em nossos sistemas. Relatarei a minha humilde porem gratificante experiencia em manter esses fantásticos anfíbios, e principalmente os pontos fundamentais para garantir sua vida plena em nossos aquários.

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